terça-feira, 11 de junho de 2019

CINEMATECA FRANCESA

Henri Langlois, o fundador da Cinemateca Francesa. O prédio onde hoje funciona e aspectos interiores, mostrando uma sala de projeção, museu e biblioteca.
Com seus mais de quarenta mil filmes, milhares de documentos e objetos relacionados  a cinema, a Cinemateca Francesa é um patrimônio mundial no que se refere ao mundo do cinema. Dedica-se, principalmente, a preservação e  restauração de filmes, constituindo-se uma das maiores bases de dados, vindos de todo o mundo, no que se refere a arte cinematográfica.

Fundadores do Cineclube Cercle du Cinéma, Henri Langlois e Georges Franju, tinham por objetivo recuperar, salvar e divulgar filmes antigos, que naquela época se perdiam muito rapidamente. Muito bem sucedido nesse trabalho, Henri Langlois recebeu a missão de criar a Cinemateque Française ou CINEMATECA FRANCESA. Uma entidade privada financiada por doadores particulares, que com o tempo passou a contar com ajuda estatal, pela grandiosidade de seus objetivos. Em 1947, a cinemateca ganhou um prédio de três andares, em Paris, que se transformou  em ponto de encontro de nomes como François Truffaut, Jean Luc Godard, Jacques Rivette e Eric Rohmer.

Em 1955, nova mudança, com ampliação da sala de projeção . Em 1963, sempre visando a ampliação do espaço, mais uma mudança com maior apoio estatal, graças ao Ministro da Cultura francês, André Malraux. Em 1968, acompanhando a grande movimentação social que se estabeleceu nesse ano, o governo francês exigiu uma mudança de gestão na entidade e foi formado um comitê de cineastas, que reintegraram Henri Langlois a direção da Cinemateca. Mostrando a grande importância da cinemateca, até mesmo cineastas como Stanley Kubrick e Charlie Chaplin, participaram deste processo.

A grande importância de Henri Langlois, dentro da indústria, ficou comprovada quando em 1974, ele teve sua carreira premiada com um Oscar Honorário e depois  um César, que é o maior prêmio do cinema francês.  Mas em 1977, após a morte de Langlois, a Cinemateca passou por um período de dificuldades financeiras, chegando inclusive, a ser ameaçada de perder parte de seu acervo. O socorro veio com o Ministro da Cultura francês da época, Jack Lang, que aumentou de seis para 14 milhões de francos,  as verbas destinadas a instituição, que passou, então,  a partir de 1981, a ser presidida pelo cineasta Constantin Costa Gravas. Houve uma dinamização nos projetos a partir daí com a construção de uma nova sede, que reuniu em um só lugar todos os setores (salas de projeção, biblioteca, fototeca, museu)  da entidade. Houve também uma abertura a participação de outros países.

Outras mudanças ocorreram, inclusive a partir de um incêndio ocorrido em 1977, mas a Cinemateca Francesa manteve-se firme em seus propósitos se adaptando, inclusive, as novas formas de exibição e preservação.  Aberta hoje ao grande publico, oferece aos visitantes mostras de filmes, museu com objetos cinematográficos, biblioteca e exposições dedicadas a grandes nomes do cinema. Um grande espaço da Sétima Arte, que através de seus mais de 80 anos , se transformou em um patrimônio cultural e artístico do cinema mundial.

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