Zeppo Marx, que era o galã do grupo, após O DIABO A QUATRO, desistiu dos filmes e os três irmãos restantes deram sequencia a carreira, agora com um contrato com a Metro Goldwynn Mayers, celebrado por Irving G. Thalberg. Continuaram atraindo um grande publico, mas, apesar do aumento de qualidade dos novos filmes, o tipo de humor que os tinha alçado ao sucesso não esteve presente nos novos filmes. Na Metro, estrelaram UMA NOITE NA ÓPERA(A Night at the Opera/1935), UM DIA NAS CORRIDAS(A Day in the Races/1937), POR CONTA DO BONIFÁCIO(Room Service/1938), OS IRMÃOS MARX NO CIRCO(At the Circus/1939), NO TEMPO DO ONÇA(Go West/1940) e CASA MALUCA(The Big Store/1941). UMA NOITE EM CASABLANCA(A Night in Casablanca/1946) e LOUCOS DE AMOR(Love Happy/1949), foram produzidos pela United Artists. Em 1957, os três se reuniriam novamente em A HISTÓRIA DA HUMANIDADE(The Story of Mankind), uma ambiciosa, mas mal sucedida produção da Warner Bros. Aceitaram fazer este ultimo filme juntos, para ajudar o irmão mais velho, Chico, que estava naufragado em dividas de jogo. Ele era viciado em poker.
domingo, 29 de março de 2020
OS IRMÃOS MARX
Pouco lembrados e praticamente desconhecidos para a
geração atual, OS IRMÃOS MARX, sacudiram as plateias dos cinemas nos anos 30 e
40, com um estilo de humor muito peculiar
e anticonvencional, que nos dias de hoje ainda levaria a pecha de
politicamente incorreto. Descendentes de judeus europeus, a família Marx chegou
aos EUA, na segunda metade do século 19; Todos ligados a teatro de variedades e
vaudeville os irmãos começaram a se destacar no cenário artístico só lá nos anos
20. Originariamente cantores, se descobriram cômicos e se mantiveram nessa
linha que os levaria ao sucesso, graças as sátiras ao sistema e a alta sociedade, tudo com um humor
caótico e irreverente. Chegaram ao cinema pela Paramount Pictures, onde
realizaram cinco filmes; Por sinal, os únicos que reuniria os quatro irmãos :
Chico, Groucho, Harpo e Zeppo. São considerados os melhores e mais anárquicos
filmes da troupe. São eles: HOTEL DA
FUZARCA(The Cocoanuts/1929), OS
GALHOFEIROS(Animal Crackers/1930), BATUTAS
BURLESCOS/OS 4 BATUTAS(Monkey Business/1931), OS GÊNIOS DA PELOTA(Horse Feathers/1931) e O DIABO A QUATRO(The Duck Soap/1933).
Zeppo Marx, que era o galã do grupo, após O DIABO A QUATRO, desistiu dos filmes e os três irmãos restantes deram sequencia a carreira, agora com um contrato com a Metro Goldwynn Mayers, celebrado por Irving G. Thalberg. Continuaram atraindo um grande publico, mas, apesar do aumento de qualidade dos novos filmes, o tipo de humor que os tinha alçado ao sucesso não esteve presente nos novos filmes. Na Metro, estrelaram UMA NOITE NA ÓPERA(A Night at the Opera/1935), UM DIA NAS CORRIDAS(A Day in the Races/1937), POR CONTA DO BONIFÁCIO(Room Service/1938), OS IRMÃOS MARX NO CIRCO(At the Circus/1939), NO TEMPO DO ONÇA(Go West/1940) e CASA MALUCA(The Big Store/1941). UMA NOITE EM CASABLANCA(A Night in Casablanca/1946) e LOUCOS DE AMOR(Love Happy/1949), foram produzidos pela United Artists. Em 1957, os três se reuniriam novamente em A HISTÓRIA DA HUMANIDADE(The Story of Mankind), uma ambiciosa, mas mal sucedida produção da Warner Bros. Aceitaram fazer este ultimo filme juntos, para ajudar o irmão mais velho, Chico, que estava naufragado em dividas de jogo. Ele era viciado em poker.
M as foi Chico
(na verdade Leonard Marx, 1887/1961) que guiou os irmãos ao sucesso. Além de
gerenciar os primeiros anos do grupo nos teatros e até, em uma excursão a
Londres, foi ele quem negociou os contratos de cinema com a Paramount e a
Metro. Groucho (na verdade Julius
Henry Marx, 1890/1977), aparecia sempre como o líder do grupo, com seu bigodão
pintado e o charuto pendente na boca, tinha uma língua ferina, com tiradas que
ficaram famosas. Teve, de todos, a carreira mais profícua, com participação em
vários filmes solo, programas de TV e escreveu dois livros Groucho and Me (1959) e Memoirs
of a Mangy Lover (1964). Groucho morreu três dias após a morte de Elvis
Presley e isso ofuscou, na imprensa, a
perda de um dos maiores comediantes de todos os tempos. Harpo(na verdade Adolph Marx, 1888/1964) na realidade, nunca foi
mudo, apesar de nos filmes nunca ter dito uma só palavra. Foi o mais popular
dos irmãos, sempre com os cabelos claros como de um anjo, uma cartola e roupa sempre desarranjada, além
de ser um harpista habilidoso, sempre reservando para si um numero musical com
esse instrumento nos filmes. Mudou oficialmente seu nome verdadeiro para Arthur,
devido a seu nome de nascimento ser o mesmo de Hitler. Zeppo (na verdade Herbert
Marx, 1901/1979) abandonou a carreira de ator e passou agenciar o grupo. Houve
um quinto irmão chamado Gummo (na
verdade Milton Marx, 1892/1977); No
inicio era também da troupe, mas já não estava no grupo quando sucesso chegou.
A partir de certo ponto ele e Zeppo, passaram a gerenciar a carreira dos irmãos e ele acabou se tornando
um agente de sucesso em Hollywood. Em 1977,
OS IRMÃOS MARX foram agraciados com uma estrela no Hall da Fama, em
Hollywood.
Zeppo Marx, que era o galã do grupo, após O DIABO A QUATRO, desistiu dos filmes e os três irmãos restantes deram sequencia a carreira, agora com um contrato com a Metro Goldwynn Mayers, celebrado por Irving G. Thalberg. Continuaram atraindo um grande publico, mas, apesar do aumento de qualidade dos novos filmes, o tipo de humor que os tinha alçado ao sucesso não esteve presente nos novos filmes. Na Metro, estrelaram UMA NOITE NA ÓPERA(A Night at the Opera/1935), UM DIA NAS CORRIDAS(A Day in the Races/1937), POR CONTA DO BONIFÁCIO(Room Service/1938), OS IRMÃOS MARX NO CIRCO(At the Circus/1939), NO TEMPO DO ONÇA(Go West/1940) e CASA MALUCA(The Big Store/1941). UMA NOITE EM CASABLANCA(A Night in Casablanca/1946) e LOUCOS DE AMOR(Love Happy/1949), foram produzidos pela United Artists. Em 1957, os três se reuniriam novamente em A HISTÓRIA DA HUMANIDADE(The Story of Mankind), uma ambiciosa, mas mal sucedida produção da Warner Bros. Aceitaram fazer este ultimo filme juntos, para ajudar o irmão mais velho, Chico, que estava naufragado em dividas de jogo. Ele era viciado em poker.
quarta-feira, 12 de junho de 2019
WALTER FIELD, O Homem dos 2 Mil Filmes.
Pesquisando filmes e gente que faz filmes, as vezes nos
deparamos com noticias inusitadas. A alguns anos (quer dizer, bastante anos)
atrás me deparei com a noticia em um jornal qualquer(não me lembro qual) sobre
a morte de um ator chamado Walter Field.
Ele morreu no 05 de Junho de 1976. O que chamou me chamou atenção na noticia,
não foi a idade que ele tinha ao morrer, ele morreu com 101 anos, e era o ator americano
mais velho até então; O que me chamou mais atenção foi a informação de que ele
tinha participado de mais de 2.000
filmes.
Esse registro estava datilografado em um canto qualquer de meus arquivos e segundo ele Walter Field, havia participado de filmes como BORN TO FIGHT(1936), DUAS ALMAS SE ENCONTRAM(1935) e TOO HOT TO HANDLE(1950) e seu ultimo trabalho foi na TV, em um episódio da série MEDICAL CENTER(1969-1976).
Partindo para uma pesquisa mais acurada, não descobri registros dele em nenhum lugar, nem mesmo no IMDB, mas descobri a fonte noticiosa que registrou a morte deste desconhecido ator. A noticia saiu no New York Times, na edição de 9 de Junho de 1976 (conforme o link que deixo abaixo) e na mesma nota, encontrei a explicação para a enorme quantidade de filmes em que participou: ele era um extra, um figurante. Extras ou figurantes são aqueles “atores” que não tem participação ativa no roteiro do filme; Eles apenas compõe o cenário, fazem parte de multidões, transeuntes nas ruas, os soldados que morrem nas batalhas, os índios que atacam a caravana, etc... etc...
Isto pode ser deduzido porque, segundo a noticia, o fato foi comprovado pelo SEG ou melhor o THE SCREEN EXTRAS GUILD. O SEG, foi uma entidade classista americana que congregava todas aqueles que se encaixavam na categoria de EXTRAS ou FIGURANTES e funcionou de 1942 a 1992. A partir de 1992, o SAG-Screen Actors Guild, que é o poderoso sindicato dos atores americanos, assumiu o SEG e os interesses da classe que ela representava.
O link da noticia publicada no New York Times:
https://www.nytimes.com/1976/06/09/archives/walter-field-101-dies-acted-in-2000-films.html
Esse registro estava datilografado em um canto qualquer de meus arquivos e segundo ele Walter Field, havia participado de filmes como BORN TO FIGHT(1936), DUAS ALMAS SE ENCONTRAM(1935) e TOO HOT TO HANDLE(1950) e seu ultimo trabalho foi na TV, em um episódio da série MEDICAL CENTER(1969-1976).
Partindo para uma pesquisa mais acurada, não descobri registros dele em nenhum lugar, nem mesmo no IMDB, mas descobri a fonte noticiosa que registrou a morte deste desconhecido ator. A noticia saiu no New York Times, na edição de 9 de Junho de 1976 (conforme o link que deixo abaixo) e na mesma nota, encontrei a explicação para a enorme quantidade de filmes em que participou: ele era um extra, um figurante. Extras ou figurantes são aqueles “atores” que não tem participação ativa no roteiro do filme; Eles apenas compõe o cenário, fazem parte de multidões, transeuntes nas ruas, os soldados que morrem nas batalhas, os índios que atacam a caravana, etc... etc...
Isto pode ser deduzido porque, segundo a noticia, o fato foi comprovado pelo SEG ou melhor o THE SCREEN EXTRAS GUILD. O SEG, foi uma entidade classista americana que congregava todas aqueles que se encaixavam na categoria de EXTRAS ou FIGURANTES e funcionou de 1942 a 1992. A partir de 1992, o SAG-Screen Actors Guild, que é o poderoso sindicato dos atores americanos, assumiu o SEG e os interesses da classe que ela representava.
O link da noticia publicada no New York Times:
https://www.nytimes.com/1976/06/09/archives/walter-field-101-dies-acted-in-2000-films.html
terça-feira, 11 de junho de 2019
CINEMATECA FRANCESA
Henri Langlois, o fundador da Cinemateca Francesa. O prédio onde hoje funciona e aspectos interiores, mostrando uma sala de projeção, museu e biblioteca. |
Fundadores do Cineclube Cercle du Cinéma, Henri Langlois e Georges Franju, tinham por objetivo recuperar, salvar e divulgar filmes antigos, que naquela época se perdiam muito rapidamente. Muito bem sucedido nesse trabalho, Henri Langlois recebeu a missão de criar a Cinemateque Française ou CINEMATECA FRANCESA. Uma entidade privada financiada por doadores particulares, que com o tempo passou a contar com ajuda estatal, pela grandiosidade de seus objetivos. Em 1947, a cinemateca ganhou um prédio de três andares, em Paris, que se transformou em ponto de encontro de nomes como François Truffaut, Jean Luc Godard, Jacques Rivette e Eric Rohmer.
Em 1955, nova mudança, com ampliação da sala de projeção . Em 1963, sempre visando a ampliação do espaço, mais uma mudança com maior apoio estatal, graças ao Ministro da Cultura francês, André Malraux. Em 1968, acompanhando a grande movimentação social que se estabeleceu nesse ano, o governo francês exigiu uma mudança de gestão na entidade e foi formado um comitê de cineastas, que reintegraram Henri Langlois a direção da Cinemateca. Mostrando a grande importância da cinemateca, até mesmo cineastas como Stanley Kubrick e Charlie Chaplin, participaram deste processo.
A grande importância de Henri Langlois, dentro da indústria, ficou comprovada quando em 1974, ele teve sua carreira premiada com um Oscar Honorário e depois um César, que é o maior prêmio do cinema francês. Mas em 1977, após a morte de Langlois, a Cinemateca passou por um período de dificuldades financeiras, chegando inclusive, a ser ameaçada de perder parte de seu acervo. O socorro veio com o Ministro da Cultura francês da época, Jack Lang, que aumentou de seis para 14 milhões de francos, as verbas destinadas a instituição, que passou, então, a partir de 1981, a ser presidida pelo cineasta Constantin Costa Gravas. Houve uma dinamização nos projetos a partir daí com a construção de uma nova sede, que reuniu em um só lugar todos os setores (salas de projeção, biblioteca, fototeca, museu) da entidade. Houve também uma abertura a participação de outros países.
Outras mudanças ocorreram, inclusive a partir de um incêndio ocorrido em 1977, mas a Cinemateca Francesa manteve-se firme em seus propósitos se adaptando, inclusive, as novas formas de exibição e preservação. Aberta hoje ao grande publico, oferece aos visitantes mostras de filmes, museu com objetos cinematográficos, biblioteca e exposições dedicadas a grandes nomes do cinema. Um grande espaço da Sétima Arte, que através de seus mais de 80 anos , se transformou em um patrimônio cultural e artístico do cinema mundial.
sábado, 8 de junho de 2019
TRASH MOVIES: JOHN WATERS E Cia.
John Waters e trash-movies são sinônimos. Waters, hoje com mais de 70
anos, principalmente numa primeira fase de sua carreira, fez filmes em que o
mau gosto se generalizava de uma maneira extrema e repulsiva. Com isso ele
elevou o termo ‘trash-movie’ a seu
potencial máximo. Mesmo porque, em certo momento da história cinematográfica
contemporânea, o que era caracterizado por esse termo eram filmes ruins.
Literalmente pobres tecnicamente e absolutamente medíocres artisticamente. Toda
essa ruindade levou a alguns desses filmes e cineastas a serem idolatrados por
uma parcela do público e aí seus filmes se tornaram ‘cult-movies’. Paradoxo?
Acho que não. ‘Cult Movie’ é uma terminologia que pode identificar filmes dos
genêros mais variados e que são cultuados por um públicos específico.
Ed Wood, que é considerado o pior cineasta de todos os tempos, também é autor de alguns dos maiores trash-movies da história. Isso é claro, considerando a terminologia aplicada aos maus feitos. Seu PLANO 9 DO ESPAÇO SIDERAL é considerado o pior filme de todos tempos. Financiado por uma igreja, em troca da conversão dos técnicos e atores, era estrelado por um ultra decadente Bela Lugosi, que morreu em meio as filmagens. Sem se abalar, o diretor Ed Wood, o substituiu pelo seu pedicure(em alguns relatos seu dentista), vestindo-o com uma capa negra o resto do filme. É hilário ver pratos pendurados em cordas representando os discos voadores. Fica a indagação: será que Ed Wood, transexual, alcóolatra e ateu confesso, se converteu para cumprir seu contrato? GLEN OR GLENDA(1953) e A NOIVA DO MONSTRO(1955), são outras pérolas de suas filmografia.
Nos anos 50 e 60, a ficção cientifica foi a bola da vez
dos trash-movies. Filmes como ROBOT MONSTER/1953 e MUNDOS QUE SE CHOCAM/1954, além do já citado
PLAN 9, são exemplos máximos disso. E essa corrente foi se alastrando através
de anos e anos de filmes ruins (ou bons de tão ruins?) . Basta dar uma olhada
superficial através da produção mundial de filmes, que dá prá selecionar filmes como ATAQUE DOS
TOMATES ASSASSINOS(1978), THE TOXIC AVENGER(1986), SURFISTAS NAZISTAS DEVEM MORRER(1987), A
CENTOPEIA HUMANA(2009) e até RUBBER-O PNEU ASSASSINO(2010). Mas são apenas
algumas citações; Como estes existem centenas.
Atualmente com a popularização da tecnologia de efeitos
via computador, todos os níveis do ridículo foram ultrapassados. Já tem O ATAQUE DO TUBARÃO DE DUAS
CABEÇAS(2012) com extensões para 3, 4, 5 e 6 cabeças. E O SHARKNADO(2013)? Já
está na sexta sequencia. Os tubarões que se misturam a tornados, já atacaram
até no Velho Oeste(?). Mas não são só tubarões. Vários outros animais como
cobras, crocodilos, ratos, ganharam suas atrocidades. Pois é, e uma
característica marcante destes filmes é que eles sempre dão vazão a sequencias;
Praticamente todos desses filmes acima citados tiveram sequencias, porque tem
publico para vê-los. Uma das explicações mais relevantes é que esses filmes não
se levam a sério; São feitos propositalmente para chamar atenção por sua
ruindade e pegam o publico pelo humor. O publico se diverte com a história artisticamente
mal contada e com os (d)efeitos
especiais (mal) usados.
Aqui voltamos a John Waters, o rei dos trash-movies. Os
filmes-lixo de Waters, pendem para o mau
gosto extremo. Nada de ficção, mas subversão total dos costumes. A sua corrente trash teve alguns outros representantes
como Andy Warhol(BAD/1977) e Paul Morissey (FLESH/1969, TRASH/1970 e
HEAT/1972), mas Waters superou a todos. Descobridor da travesti obesa Divine(1945-1988), foi com ela que
cometeu suas maiores perversões fílmicas. Em filmes como MONDO TRASHO(1969),
PINK FLAMINGOS/1972 e PROBLEMAS FEMININOS/1974, Divine comeu(sem truques)
fezes, foi estuprada por uma lagosta gigante e expôs, em close, seu ânus.
POLYESTER(1981), por exemplo, foi filmado num processo chamado Odorama; O espectador recebia na entrada do cinema uma
cartela, onde através dos números na tela ele cheirava na cartela todos os odores
que os personagens do filme sentiam... a
maioria deles bem desagradáveis. Mas, a partir deste filme, Waters amenizou seu
discurso transgressor e passou a ter um relacionamento mais leve com o mercado.
Trash-Movies, filmes lixo, cinema porcaria... a parte mais pobre da arte cinematográfica. Mas tem seu público. Por isso está em cartaz, a tanto tempo.
Ed Wood, que é considerado o pior cineasta de todos os tempos, também é autor de alguns dos maiores trash-movies da história. Isso é claro, considerando a terminologia aplicada aos maus feitos. Seu PLANO 9 DO ESPAÇO SIDERAL é considerado o pior filme de todos tempos. Financiado por uma igreja, em troca da conversão dos técnicos e atores, era estrelado por um ultra decadente Bela Lugosi, que morreu em meio as filmagens. Sem se abalar, o diretor Ed Wood, o substituiu pelo seu pedicure(em alguns relatos seu dentista), vestindo-o com uma capa negra o resto do filme. É hilário ver pratos pendurados em cordas representando os discos voadores. Fica a indagação: será que Ed Wood, transexual, alcóolatra e ateu confesso, se converteu para cumprir seu contrato? GLEN OR GLENDA(1953) e A NOIVA DO MONSTRO(1955), são outras pérolas de suas filmografia.
O ATAQUE DOS TOMATES ASSASSINOS, TOXIC AVENGER, SURFISTAS NAZISTAS TEM DE MORRER, A CENTOPEIA HUMANA e RUBBER-O PNEU ASSASSINO, mantendo a tradição da ruindade. |
Provando que o que é ruim sempre tem seu espaço, vejá só essas duas séries. E olha que cada uma delas tem mais três exemplares. |
John Waters e alguns de seus "filhotes", todos estrelados por Divine. MONDO TRASHO, PROBLEMAS FEMININOS, POLYESTER e PINK FLAMINGOS. |
Trash-Movies, filmes lixo, cinema porcaria... a parte mais pobre da arte cinematográfica. Mas tem seu público. Por isso está em cartaz, a tanto tempo.
terça-feira, 4 de junho de 2019
FIVE LOST HITCHCOCKS
Pouco se falou disso, mas por mais de 20 anos, o diretor
Alfred Hitchcock(1899-1980) “escondeu” do público cinco de seus melhores
filmes. Ele impediu seu relançamento nos cinemas e sua exibição na televisão. Estes
filmes ficaram conhecidos como "Five
Lost Hitchcocks". Ele nunca deu uma razão exata para isso. Segundo informações
de pessoas próximas, não contente com as versões apresentadas no lançamento nos
cinemas, ele pretendia reeditar esses filmes para um possível relançamento. Relata-se
também que ele tinha adquirido a exclusividade dos direitos desses filmes, com objetivo de deixa-los como patrimônio a
sua filha. Pode ser. Lançados entre 1949 e 1958, os filmes que ele reteve foram
os seguintes:
“FESTIM DIABÓLICO”(The Rope/1948) Com James Stewart
“JANELA INDISCRETA”(Rear Window/1954) Com James Stewart e Grace Kelly
“O HOMEM QUE SABIA DEMAIS”(The Man who knew too much/1956) Com James e Doris Day
“O TERCEIRO TIRO”(The Trouble with Harry/1956) Com Shirley McLaine
“UM CORPO QUE CAI”(Vertigo/1958) Com James Stewart e Kim Novak
Hitchcock morreu antes de concretizar esse possível plano
de reedição, mas assistindo esses filmes hoje, conforme apresentados em sua
versão original, é difícil achar um jeito de melhora-los. Após a sua morte
todos eles ganharam relançamentos nos cinema de todo o mundo e também no
mercado de home-video que estava em pleno florescimento na época. O primeiro
que ganhou um relançamento foi JANELA
INDISCRETA, um antológico drama de
suspense com Hitchcock fazendo jus a alcunha de mestre do suspense e dando uma
aula de técnica cinematográfica, centrando a história em um “herói” imobilizado,
onde através de sua janela gira toda a ação do filme. Em FESTIM DIABÓLICO, que
foi seu primeiro filme em cores, ele filmou apenas 10 tomadas, para narrar toda
a história do filme; Foram 10 tomadas de dez minutos cada. As passagens de cena
ou cortes, foram realizadas por trás de colunas ou cortinas. Vieram na
sequencia UM CORPO NO CAI, O TERCEIRO TIRO
e O HOMEM QUE SABIA DEMAIS, todos filmes inovadores em tramas e que
exploraram novas técnicas cinematográficas. Será que o uso dessas inovações
eram a razão de Hitchcock desejar
reedita-los?
“FESTIM DIABÓLICO”(The Rope/1948) Com James Stewart
“JANELA INDISCRETA”(Rear Window/1954) Com James Stewart e Grace Kelly
“O HOMEM QUE SABIA DEMAIS”(The Man who knew too much/1956) Com James e Doris Day
“O TERCEIRO TIRO”(The Trouble with Harry/1956) Com Shirley McLaine
“UM CORPO QUE CAI”(Vertigo/1958) Com James Stewart e Kim Novak
Os Cinco Filmes que Hitchcock não quis relançar em seus recortes â época de seu lançamento original. |
James Stewart(1908-1997), astro em quatro deste cinco
filmes, deu uma outra possível razão pela qual Hitchcock teria mantido
inacessíveis ao público esses cinco filmes. Segundo ele, a razão foi um
processo movido contra ele por um dos argumentistas de JANELA INDISCRETA, que
obrigou o cineasta a gastar muito dólares e cujo o resultado não lhe foi
favorável.
domingo, 2 de junho de 2019
ESPIRAL DE PAIXÕES
Em 1981, enquanto rolava a terceira temporada da famosa
série de TV, CASAL 20 uma funesta coincidência abalou os bastidores da produção,
atingindo principalmente o casal protagonista da série: Robert Wagner e Stefanie Powers.
No dia 16/11/1981, William Holden, companheiro
de Stefanie foi encontrado morto em sua casa, vitima de perda de sangue ocasionada
por um ferimento na cabeça, consequência
de uma queda, após uma bebedeira. Exatamente 13 dias depois, em 29/11/1981, foi
a vez de Natalie Wood, esposa
de Wagner, desde 1973, morrer por afogamento, em circunstancias que podem
ser consideras misteriosas.
William Holden(1918-1981)
é considerado um dos expoentes da era de ouro em Hollywood e na época de sua
morte mantinha um relacionamento afetivo com Stefanie desde 1975. Ambos eram
ativistas pela proteção da vida animal e depois da sua morte Stefanie criou a William
Holden Wildlife Foundation, com sedes na Califórnia e no Kenya, da qual Stefanie Powers, hoje com 78 anos, ainda
é presidente. Junto com Robert Wagner,
ela protagonizou a série CASAL 20(Hart to Hart/1979-1984), por cinco temporadas
e 110 episódios. A série foi enorme sucesso em todo o mundo, inclusive no Brasil.
Os dois faziam um casal de milionários sempre envolvidos em casos de
assassinatos e espionagem; Ao lado deles o indefectível mordomo Max e o
cãozinho Freeway.
Robert Wagner, hoje com 89 anos, começou no cinema nos anos 50 e sempre se manteve em atividade, apesar de um pequeno hiato nos anos 60, quando fez uma ótima transição para a TV, produzindo e atuando em séries como SWITCH(1975-1978) e CASAL 20(1979-1984). Hoje, graças a investimento em ações, propriedades imobiliárias, patrocínios, etc..., o veterano ator acumula um patrimônio milionário. Em sua biografia “Pieces of My Heart”, ele admite o sentimento de culpa pela morte de Natalie, dizendo “quando você está casado com alguém você é responsável. Eu tenho pensado nisso mais de um milhão de vezes na minha vida...”.
Nesse espiral de estrelas chegamos a Jill St. John. Stefanie Powers, Natalie Wood e Jill, se conheciam e eram amigas desde a escola de
ballet, onde se conheceram. Jill, hoje com 79 anos, conhecia Robert
Wagner desde que tinha 18 anos e juntos apareceram em sete filmes e assim,
concluindo esse espiral estelar , desde 1990, os dois estão casados. Mais um
elemento prá esse espiral: Jill e Lana
Wood, irmã de Natalie, estiveram juntas no filme 007-OS DIAMANTES SÃO
ETERNOS, e não se dão bem até hoje. Inimizade nascida devido a durante as
filmagens o ator Sean Connery manter um relacionamento com as duas ao mesmo
tempo.
Sefanie Powers & William Holdem / Natalie Wood & Robert Wagner / Robert Wagner & Jill St. John / O CASAL 20, Robert Wagner & Stefanie Powers |
Casal 20 |
Natalie Wood(1938-1981)
foi, sem nenhuma dúvida, um dos rostos mais bonitos da galeria hollywoodiana.
De atriz mirim(começou aos 5 anos) até a fase adulta, nunca perdeu o status de estrela.
Aos 17 anos, recebeu sua primeira indicação ao Oscar por JUVENTUDE
TRANSVIADA. Wood e Robert Wagner, foram casados duas vezes; O primeiro casamento foi
de 1957 a 1962, quando se divorciaram. Em 1972, se casaram novamente, ficando juntos
até a morte da atriz em 1981. Um fato curioso, mas nunca confirmado, é que Natalie tinha muito medo de agua, porque
uma cigana havia previsto a sua morte em circunstancias de afogamento e foi
exatamente o que aconteceu. Ela estava em companhia de Wagner e do ator Christopher Walken, a bordo do iate Splendour. Relatou-se que após
uma violenta discussão entre Wagner e Walken, ela dirigiu-se ao convés e teria pego
um bote para voltar a ilha de Santa Catalina. Ela não sabia nadar e pouco tempo
depois foi encontrada morta, boiando, num local próximo ao barco.
Robert Wagner, hoje com 89 anos, começou no cinema nos anos 50 e sempre se manteve em atividade, apesar de um pequeno hiato nos anos 60, quando fez uma ótima transição para a TV, produzindo e atuando em séries como SWITCH(1975-1978) e CASAL 20(1979-1984). Hoje, graças a investimento em ações, propriedades imobiliárias, patrocínios, etc..., o veterano ator acumula um patrimônio milionário. Em sua biografia “Pieces of My Heart”, ele admite o sentimento de culpa pela morte de Natalie, dizendo “quando você está casado com alguém você é responsável. Eu tenho pensado nisso mais de um milhão de vezes na minha vida...”.
Natalie Wood, Stefanie Powers e Jill St. Jonh |
sexta-feira, 31 de maio de 2019
VERA CRUZ, UM SONHO NACIONAL
Final da primeira metade do século, depois da Segunda
Grande Guerra e o cenário artístico de São Paulo era efervescente graças, principalmente, a atuação de homens como Francisco Matarazzo
Sobrinho, mais conhecido como Cecillo, e Franco Zampari, o criador do mítico
TBC (Teatro Brasileiro de Comédia). Francisco, o Cecillo , foi o criador e
idealizador do MAM(Museu de Arte Moderna de São Paulo). Mas esses dois viveram
um sonho maior. Eles queriam criar uma Hollywood brasileira. Eles queriam fazer cinema em
escala industrial, com qualidade internacional. E desse sonho nasceu a Cia. Cinematográfica Vera Cruz.
Inaugurada em 04/11/1949, com um capital de 7,5 milhões
de cruzeiros, um gigantesco estúdio foi erguido numa imensa área verde de São
Bernardo do Campo(SP), que cobria 101 mil metros quadrados e com 25 mil metros
quadrados de edificações. Eram seis palcos de filmagens, oficinas mecânicas,
carpintaria, apartamentos residenciais,
frotas de automóveis, uma grande cidade
cenográfica para filmagens de exteriores e um laboratório fotográfico capaz de
processar 700 cópias por dia.
Tecnicamente importou-se o que havia de melhor para captação de imagens:
Quatro câmaras Mitchell, uma Cameflex, uma Arriflex, uma Yemo e uma Neval.
Para dirigir essa empresa, Zampari chamou Alberto
Cavalcanti, cineasta brasileiro que gozava de um grande prestigio internacional
na época. Com essa enormidade de recursos, Cavalcanti contratou técnicos
ingleses e italianos, os melhores diretores brasileiros na época e um grande
elenco nacional. Os galãs da Vera Cruz recebiam 35 mil cruzeiros mensais, as
estrelas, 18 mil cruzeiros e o celebrado fotografo Chick Fowle, 42 mil por mês. O primeiro filme
da empresa foi CAIÇARA, dirigida pelo italiano Adolfo Celi, oriundo do TBC, uma
produção conturbada e cheia de contratempos, cuja as filmagens, realizadas em
Ilha Bela, demoraram cerca de seis
meses. Já em 1951, Cavalcanti deixaria a Vera Cruz, sendo substituído por
Fernando de Barros, que vinha do cinema carioca.
Em 1954, depois de 18 filmes de ficção e mais 4 documentários, a Vera Cruz, graças a dividas enormes e uma administração incompetente, abriu falência e encerrou suas atividades. A maioria de seus filmes deu prejuízo. Ironicamente, um filme que Zampari não queria fazer, O CANGACEIRO(1953) de Lima Barreto, foi de todos os filmes da Vera Cruz, o que deu mais dinheiro. Rendeu milhões mundo afora. Mas a Vera Cruz não se aproveitou disso. Ela havia vendido antecipadamente os direitos do filme para a norte americana, Columbia. Os enormes estúdios foram assumidos pelo Banco do Estado de São Paulo, principal credor, e ainda funcionaram durante muitos anos, com muitos filmes sendo realizados ali.
A Vera Cruz deixou uma marca indelével no contexto cinematográfico brasileiro. E se não houve um retorno financeiro, a qualidade de seus filmes elevou o cinema brasileiro a um nível internacional. A geração de diretores, atores e técnicos que trabalharam na Vera Cruz, ficarão marcados pelo elevado nível artístico que empresa exigia de seus funcionários. Sua experiência frustrada no mercado de distribuição e retorno de recursos, abriu os olhos das novas produtoras e produtores, que surgiriam dali em diante, para as armadilhas desse mercado. E se nada disso conta, é bom lembrar que foi da Vera Cruz que surgiu um dos nossos maiores campeões de bilheteria de todos os tempos, o inesquecível brejeiro caipira Mazzaroppi.
1951-TERRA SEMPRE TERRA-Direção Tom Payne Com Marisa Prado e Mário Sérgio
1951-ANGELA-Direção Tom Payne Com Eliane Lage e Alberto Ruschell
1952-APASSIONATA-Direção Fernando de Barros Com Tonia Carrero e Anselmo Duarte
1952-SAI DA FRENTE-Direção Abilio Pereira de Almeida Com Mazzaroppi
1952-TICO TICO NO FUBÁ-Direção Adolfo Celi Com Tonia Carrero, Anselmo Duarte e Marisa Prado
1952-VENENO-Direção Gianni Pons Com Lenora Amar e Anselmo Duarte
1953-UMA PULGA NA BALANÇA-Direção Luciano Salce Com Waldemar Ney
1953-FLORADAS NA SERRA-Direção Luciano Salce Com Jardel Filho e Cacilda Becker
1953-SINHÁ MOÇA-Direção Luciano Salce Com Eliane Lage e Anselmo Duarte
1953-O CANGACEIRO-Direção Lima Barreto Com Alberto Ruschell e Marisa Prado
1953-ESQUINA DA ILUSÃO-Direção Ruggero Jacobi Com Alberto Ruschell
1953-A FAMILIA LERO LERO-Direção Alberto Pieralisi Com Walther D’Avila
1953-LUZ APAGADA-Direção Carlos Thiré Com Mário Sérgio
1953-NADANDO EM DINHEIRO-Direção Carlos Thiré Com Mazzaroppi
1954-É PROIBIDO BEIJAR-Direção Ugo Lombardi Com Tonia Carrero e Mário Sérgio
1954-CANDINHO-Direção Abilio Pereira de Almeida Com Mazzaroppi
1954-NA SENDA DO CRIME-Direção de Flaminio B.Cerri Com Cleyde Yaconis e Miro Cerni
E ainda os documentários: PAINEL(1950/De Lima Barreto), SANTUARIO(1950/De Lima Barreto),
OBRAS NOSSAS(1953) e SÃO PAULO EM FESTA(1954/De Lima Barreto).
Estudios Vera Cruz / O Diretor Adolfo Celi, que veio do TBC / O Cineasta Alberto Cavalcanti, primeiro executivo da Vera Cruz |
Filmes da Vera Cruz |
Em 1954, depois de 18 filmes de ficção e mais 4 documentários, a Vera Cruz, graças a dividas enormes e uma administração incompetente, abriu falência e encerrou suas atividades. A maioria de seus filmes deu prejuízo. Ironicamente, um filme que Zampari não queria fazer, O CANGACEIRO(1953) de Lima Barreto, foi de todos os filmes da Vera Cruz, o que deu mais dinheiro. Rendeu milhões mundo afora. Mas a Vera Cruz não se aproveitou disso. Ela havia vendido antecipadamente os direitos do filme para a norte americana, Columbia. Os enormes estúdios foram assumidos pelo Banco do Estado de São Paulo, principal credor, e ainda funcionaram durante muitos anos, com muitos filmes sendo realizados ali.
A Vera Cruz deixou uma marca indelével no contexto cinematográfico brasileiro. E se não houve um retorno financeiro, a qualidade de seus filmes elevou o cinema brasileiro a um nível internacional. A geração de diretores, atores e técnicos que trabalharam na Vera Cruz, ficarão marcados pelo elevado nível artístico que empresa exigia de seus funcionários. Sua experiência frustrada no mercado de distribuição e retorno de recursos, abriu os olhos das novas produtoras e produtores, que surgiriam dali em diante, para as armadilhas desse mercado. E se nada disso conta, é bom lembrar que foi da Vera Cruz que surgiu um dos nossos maiores campeões de bilheteria de todos os tempos, o inesquecível brejeiro caipira Mazzaroppi.
Os Filmes da Vera Cruz:
1950-CAIÇARA-Direção Adolfo Celi. Com Eliane Lage1951-TERRA SEMPRE TERRA-Direção Tom Payne Com Marisa Prado e Mário Sérgio
1951-ANGELA-Direção Tom Payne Com Eliane Lage e Alberto Ruschell
1952-APASSIONATA-Direção Fernando de Barros Com Tonia Carrero e Anselmo Duarte
1952-SAI DA FRENTE-Direção Abilio Pereira de Almeida Com Mazzaroppi
1952-TICO TICO NO FUBÁ-Direção Adolfo Celi Com Tonia Carrero, Anselmo Duarte e Marisa Prado
1952-VENENO-Direção Gianni Pons Com Lenora Amar e Anselmo Duarte
1953-UMA PULGA NA BALANÇA-Direção Luciano Salce Com Waldemar Ney
1953-FLORADAS NA SERRA-Direção Luciano Salce Com Jardel Filho e Cacilda Becker
1953-SINHÁ MOÇA-Direção Luciano Salce Com Eliane Lage e Anselmo Duarte
1953-O CANGACEIRO-Direção Lima Barreto Com Alberto Ruschell e Marisa Prado
1953-ESQUINA DA ILUSÃO-Direção Ruggero Jacobi Com Alberto Ruschell
1953-A FAMILIA LERO LERO-Direção Alberto Pieralisi Com Walther D’Avila
1953-LUZ APAGADA-Direção Carlos Thiré Com Mário Sérgio
1953-NADANDO EM DINHEIRO-Direção Carlos Thiré Com Mazzaroppi
1954-É PROIBIDO BEIJAR-Direção Ugo Lombardi Com Tonia Carrero e Mário Sérgio
1954-CANDINHO-Direção Abilio Pereira de Almeida Com Mazzaroppi
1954-NA SENDA DO CRIME-Direção de Flaminio B.Cerri Com Cleyde Yaconis e Miro Cerni
E ainda os documentários: PAINEL(1950/De Lima Barreto), SANTUARIO(1950/De Lima Barreto),
OBRAS NOSSAS(1953) e SÃO PAULO EM FESTA(1954/De Lima Barreto).
PS. Consta de
alguns relatos que Vera Cruz teve participação na produção do filme O
AMERICANO(The Americano/1955). Segundo o informativo Cine Repórter, Julho de
1953, esses contatos realmente aconteceram, sendo inclusive firmado um contrato
com o produtor Robert Stillman, que rezava que a Vera Cruz seria co-produtora
do filme e que esse filme seria filmado em inglês e português, a partir de um
roteiro previamente aprovado pela produtora brasileira. Mas o produtor
americano não cumpriu esse contrato (não apresentou o roteiro pronto e nem quis
a versão em português do filme), assim sendo a Vera Cruz considerou encerrado o contrato e não teve participação no filme.
quarta-feira, 29 de maio de 2019
TRÊS DESTINOS CONECTADOS
Três destinos conectados. Três nomes ligados por tragédias...
Três estrelas do firmamento hollywoodiano.
Um, hoje, legendário, os outros dois, menos conhecidos, mas ainda assim
estrelas.
O primeiro deles, vértice deste triangulo, foi James
Dean(1931-1955), símbolo rebelde da juventude nos anos 50; Ele passou como
cometa por esse firmamento, mas foi eternizado como um astro de primeira
grandeza. E não sem razão. Depois do meteórico sucesso alcançado com os filmes
VIDAS AMARGAS(1955) e JUVENTUDE TRANSVIADA(1955), no auge do sucesso e
com apenas 24 anos, ele morreu em um acidente rodoviário quando bateu seu
Porshe 550 Spyder, numa estrada da Califórnia. Ele dirigia em alta velocidade.
Seu ultimo filme ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE(1956), foi lançado depois de sua
morte. Teve, por isso, duas indicações póstumas ao Oscar, sendo o único ator
conseguir isso. Lançou um modelo de interpretação e comportamento, que seriam
copiados por toda uma geração e foi amado por homens e mulheres, da mesma maneira.
Confira abaixo, outras duas pontas desse coincidente triangulo de tragédias.
Sal Mineo(Salvatore Mineo Jr./1936-1976), trabalhou
com James Dean em dois filmes JUVENTUDE TRANSVIADA(1955) e ASSIM CAMINHA A
HUMANIDADE(1956) era filho de emigrantes
italianos e logo aos 10 anos foi preso por roubo; Mas diante da opção entre ser preso e entrar para
uma escola de atuação, fez a segunda opção. Teve sorte, participou de peças e
alguns filmes e por seu papel em JUVENTUDE TRANSVIADA foi indicado ao Oscar. Nesse período é fato
que manteve uma relação afetiva com Dean, que tinha uma sexualidade ambivalente.
Inquirido sobre sua sexualidade James Dean teria dito: "Não, eu não sou
homossexual. Mas também não vou passar a vida preso à um rótulo." Consta que Dean despertou tanta paixão em
Mineo, que após a morte do ator, ele sempre buscou por rapazes que tivessem o
tipo físico similar de James Dean, para se relacionar. Sal Mineo, fez muito
sucesso no final dos anos 50 também como cantor, mas nunca parou de atuar em
filmes ou no teatro, até 12 de Fevereiro de 1976, quando voltando para sua
casa, depois de um ensaio, foi morto com apenas um golpe de faca direto no
coração, em um beco que ficava atrás de seu apartamento em West Hollywood, Califórnia. Ele tinha 37 anos.
Pier Angeli(Anna Maria Pierangeli/1932-1971) era
italiana, nascida em Cagliari. Era irmã gêmea de Marisa Pavan, outra grande
atriz do cinema italiano. Pier Angeli iniciou sua carreira na Italia, estrelando ao
lado de Vittorio de Sica, o drama AMANHÃ SERÁ TARDE DEMAIS(1950), depois de
alguns filmes na Italia, mudou-se para Hollywood já contratada pela Metro.
Estrelando filmes como MEXICO DOS MEUS AMORES(1953), O CÁLICE SAGRADO(1954), MARCADO PELA
SARJETA(1956) e muitos outros, alcançou grande
popularidade. Em 1954, durante as
filmagens de O CÁLICE SAGRADO conheceu James Dean. Foi o inicio de uma grande
paixão, vivida intensamente pelo casal, que chegou a cogitar casamento; Mas a
mãe dela, foi contra, preocupada com o comportamento extravagante de Dean e também,
por ele não ser católico. E isto determinou o fim do relacionamento. Pier
acabou se casando com o cantor Vic Damone e posteriormente com compositor
musical italiano Armando Trovajoli; Teve
dois filhos, um de cada casamento. No dia de 10 de Setembro de 1971, Pier
Angeli, morreu vitima de uma overdose de barbitúricos . Ela tinha 39 anos. Em
uma entrevista, publicada três anos depois da morte da atriz, ela descreveu
detalhes românticos de seu caso com James Dean e confessou que ele foi o único
homem que ela, realmente, amou.
James Dean e os filmes que o levaram ao estrelato. |
Sal Mineo e alguns de seus principais filmes |
Pier Angeli e alguns de seus principais filmes. |
terça-feira, 28 de maio de 2019
SPENCER TRACY & KATHARINE HEPBURN
Spencer Tracy(1900-1967) e Katharine Hepburn(1907-2003) formaram uma das duplas mais talentosas de atores no cenário hollywoodiano; Tracy ganhou o Oscar de melhor ator 2 vezes (MARUJO INTRÉPIDO/1937 e COM OS BRAÇOS ABERTOS/1938) e Hepburn, levou o prêmio de Melhor Atriz em 4 ocasiões(MANHÃ DE GLÓRIA/1934, ADVINHE QUEM VEM PARA JANTAR/1967, O LEÃO NO INVERNO/1968 e NUM LAGO DOURADO/1981). Estiveram juntos em nove filmes, a partir de 1942, formando uma das duplas mais queridas do cinema.
Mas o que chama mesmo a atenção e a relação que
os dois mantiveram durante mais de duas décadas. Uma união que durou até a
morte de Tracy em 1967, pouco depois de
terminarem de fazer ADVINHE QUE VEM PARA JANTAR”, seu ultimo trabalho juntos e também
o ultimo de Spencer Tracy. Inclusive
Hepburn, interrompeu sua carreira durante cerca de cinco anos, apenas para
cuidar da saúde de seu parceiro. Ambos muito tímidos viveram uma história da qual não se falou abertamente
durante muitos anos e que os dois cultivaram como se fosse uma amizade profunda,
principalmente por que Katharine tinha uma politica rigorosa quanto a sua vida privada
e Spencer Tracy ainda era casado com Louise Treadwell; Estavam separados, mas em respeito a sua formação católica
nunca se divorciou. Assim Spencer Tracy e Katharine Hepburn, superando
convenções sociais e pessoais, se mantiveram juntos e dedicados um ao outro até
o fim. Só anos mais tarde, na década de 80, após a morte de Louise, Katharine
falaria dessa relação. Em Hollywood, muito se falou das preferências sexuais do casal e que eles se ajudavam mutuamente na busca de parceiros, um para o outro. Mas, por maiores que sejam as evidencias ou confidencias indiscretas de parceiros, nenhum dos dois nunca falou sobre isso.
Seus filmes juntos:
MULHER DO DIA(Women of the Year/1942)O FOGO SAGRADO(Keeper of The Flame/1942)
SEM AMOR(Without love/1945)
MAR VERDE(The Sea of Grass/1947)
SUA ESPOSA E O MUNDO(State of the Union/1948)
A COSTELA DE ADÃO(Adam’s Rib/1949)
MULHER ABSOLUTA(Pat and Mike/1952)
AMOR ELETRÔNICO(Desk Set/1957)
ADVINHE QUEM VEM PARA JANTAR(Guess who’s coming to dinner/1967)
segunda-feira, 27 de maio de 2019
ALFRED HITCHCOCK e THE SHORT NIGHT
Dois momentos do famoso mestre do suspense, Alfred Hitchcock e as capas dos livros em que se baseariam seu ultimo filme THE SHORT NIGHT. |
Na história um agente duplo, Gavin Brand, escapa de uma prisão em Londres; Para caça-lo a CIA chama, Joe Bailey, um agente cujo o irmão, foi uma das vitimas do agente fugitivo. Nesta caçada, Bailey acaba encontrando e se apaixonando por Carla, a esposa de Brand. Quando Brand aparece e fica sabendo de tudo, ele sequestra a mulher e Bailey, parte para o resgate que vai terminar em um trem, próximo a fronteira russa. Vários atores foram cogitados por Hitchcock para trabalharem no projeto, desde Catherine Deneuve e Liv Ulmann, para o principal papel feminino até Walther Mathau, Ed Lauter, Sean Connery, Clint Eastwood e Steve McQueen, nos papéis masculinos. Era para ser filmado em locações na Finlandia, mas já preocupada com as condições de saúde do diretor a Universal, que iria produzir o filme, cancelou o projeto.
TRAMA MACABRA, o ultimo filme. |
domingo, 26 de maio de 2019
A NOVIÇA REBELDE, Um Filme para sempre e para todos
Em 1965, quando a Fox lançou o
filme A NOVIÇA REBELDE, ela atravessava enormes dificuldades financeiras, que
já vinham de anos anteriores, mas agravadas, principalmente, pelos gastos com a superprodução
CLEOPATRA, estrelada por Elizabeth Taylor e que não se pagou nas bilheterias. O
enorme sucesso alcançado por A NOVIÇA REBELDE, salvou a Fox da bancarrota e lhe deu um alento
enorme para continuar no mercado. Enorme sucesso de publico, ganhou cinco Oscars, incluindo o de melhor filme, é
realmente um filme merecedor de todos os méritos a ele atribuídos e, ainda
hoje, passados mais de cinquenta anos, é cultuado por uma enormidade de fãs. E
isso é um feito e tanto, visto que, sempre houve uma certa relutância por parte
do publico no que se refere a filmes musicais e este, é sim um musical em toda
a extensão do gênero. Lançado em 1965, A
NOVIÇA REBELDE, desbancou ...E O VENTO LEVOU que era detentor, até então, do
recorde de bilheteria nos cinemas americanos.
A NOVIÇA REBELDE conta a história da postulante a freira, Maria, uma garota criada nas belíssimas montanhas austríacas de Salzburgo e que acaba como babá de oito crianças, filhas do austero e viúvo Capitão Von Trapp. Ele cria as crianças sob uma disciplina militar, mas a teimosa noviça, traz a alegria de volta a essa família e acaba conquistando o coração do sisudo Capitão; Como pano de fundo a ocupação da Áustria pelas forças nazistas e a provável convocação do capitão para integrar as forças de ocupação, fato que ele abomina, como patriota que é. A história é real e aconteceu pouco tempo antes do inicio da Segunda Grande Guerra, mas, é claro, no filme tudo é transformado e romantizado para atender o gosto do público. Isso gerou até algumas controvérsias na época, mas foi tudo esquecido diante da qualidade e do sucesso que o filme alcançou. O roteirista Ernest Lehman baseou-se no livro “The Story of the Trapp Family Singers”, escrito pela própria Maria Von Trapp, que já havia sido adaptado para uma peça musical com mesmo nome, com musicas de Richard Rodgers e Oscar Hammerstein II, musicas estas que foram levadas para o filme.
A NOVIÇA REBELDE vem atravessando gerações com sua música, alegria e otimismo. E se, não foi bem recebido pela crítica na época do lançamento, o tempo se encarregou de mostrar seu valor até para o mais enrustido dos críticos. Hoje está listado entre os 100 melhores filmes de todos os tempos e está entre os “1001 Filmes para ver antes de Morrer”, do famoso guia de Steven Jay Schneider. A cena inicial, filmada de um helicóptero, mostrando Maria cantando “The Sound of Music”, na magnifica paisagem montanhosa austríaca, se transformou em um momento cinematográfico antológico. Com direção de Robert Wise, Julie Andrews e Christopher Plummer são os inesquecíveis protagonistas do filme e, com certeza, não é possível imaginar Maria e Capitão Von Trapp, na interpretação de outros atores.
Um filme eterno.
A NOVIÇA REBELDE conta a história da postulante a freira, Maria, uma garota criada nas belíssimas montanhas austríacas de Salzburgo e que acaba como babá de oito crianças, filhas do austero e viúvo Capitão Von Trapp. Ele cria as crianças sob uma disciplina militar, mas a teimosa noviça, traz a alegria de volta a essa família e acaba conquistando o coração do sisudo Capitão; Como pano de fundo a ocupação da Áustria pelas forças nazistas e a provável convocação do capitão para integrar as forças de ocupação, fato que ele abomina, como patriota que é. A história é real e aconteceu pouco tempo antes do inicio da Segunda Grande Guerra, mas, é claro, no filme tudo é transformado e romantizado para atender o gosto do público. Isso gerou até algumas controvérsias na época, mas foi tudo esquecido diante da qualidade e do sucesso que o filme alcançou. O roteirista Ernest Lehman baseou-se no livro “The Story of the Trapp Family Singers”, escrito pela própria Maria Von Trapp, que já havia sido adaptado para uma peça musical com mesmo nome, com musicas de Richard Rodgers e Oscar Hammerstein II, musicas estas que foram levadas para o filme.
O cinema alemão já havia realizado dois filmes baseados na história A FAMILIA VON TRAPP(1956) e FAMILIA VON TRAPP NA AMÉRICA(1958), ambos exibidos no Brasil, conforme mostram os recortes acima. |
Um filme eterno.
segunda-feira, 20 de maio de 2019
POR VOLTA DA MEIA NOITE, O Cinema na Música
Um filme as vezes transcende sua própria função imagética quando faz de outra arte sua razão de ser. Explico, ou melhor, explícito isso falando de um filme, POR VOLTA DA MEIA NOITE, porque este é um filme que exala música. Um filme pelo qual a música envolve a quem vê e toma, praticamente, todos os sentidos do espectador. Não, não é um musical daqueles que a musica explode nos ouvidos do espectador, contando uma história, ou simplesmente acompanhando belas e alegres imagens ou cenários. POR VOLTA DA MEIA NOITE envolve de uma maneira diferente, colocando o espectador dentro do ambiente musical, não só quando ali escutamos alguns daqueles maravilhosos solos do saxman Dexter Gordon ou quando a divina Lonette McKee canta How Long Has This Been Going, de Gershwin, mas em qualquer cena do filme; De um simples dialogo até as melancólicas paisagens de Paris e Nova Iorque dos anos 50, tudo exala musica. POR VOLTA DA MEIA NOITE(‘Round Midnignt/1986) é uma homenagem, feita por fã, o diretor francês Bertrand Tavernier, a tantas lendas do jazz que povoaram os ambientes enfumaçados das boates de Nova Iorque ou Paris, principalmente nos anos 50 e 60. Músicos fenomenais como Louis Armstrong, Miles Davis, John Coltrane, Duke Ellington ou Chet Baker. Homens tão imersos em sua arte que, muitas vezes, pagaram um preço alto por essa imersão. Mas o filme não é baseado em uma história real. Apesar de que algumas fontes dizem que ele é inspirado nas vidas de Bud Powell(1924/1966) e Lester Young(1909/1959); E, realmente, o diretor Bertrand Tavernier, dedica aos dois o filme. É a história de Dale Turner, um talentoso saxofonista negro dos anos 50, que lentamente está perdendo a guerra para o álcool e as drogas. Nesse contexto ele tem uma oferta prá ir tocar em Paris, que já abriga muitos músicos negros, porque ali eles são respeitados pelo seu talento, independente da cor de sua pele. Vale aqui um aparte de minha parte: esse filme conta a história de um personagem fictício, mas todo o contexto em que ele transcorre é, com certeza baseado em uma história real. Não tenho a menor dúvida quanto a isso.
Voltando ao filme, Dale vai para Paris e entre sua musica fantástica e bebedeiras hospitalares surge em sua vida Francis, um publicitário e cineasta amador, fã incondicional de sua música –com certeza, um alter ego do diretor Tavernier – que toma para si a responsabilidade de salvar Dale e sua música. É sensível a dedicação que Francis se impõe nessa tarefa e a paixão que ele tem pela música de Dale Turner levando o velho saxofonista a uma transformação visceral. Um dos achados do filme é colocar outra lenda do Jazz, o saxofonista Dexter Gordon(1923/1990) no papel de Dale Turner. Dexter, um dos grandes nomes do jazz, teve uma trajetória semelhante a seu personagem no filme; Fez grande sucesso nos anos 50 acompanhando grandes do Jazz como Lionel Hampton, Louis Armstrong, Billy Eckstine e outros; Mas foi só nos anos 60, depois de deixar o vicio, que atingiu seu ápice musical. Muito popular na Europa, viveu lá durante os anos 60 e 70. Consagrado voltou para a América. Apesar de ter algumas figurações em filmes, POR VOLTA DA MEIA NOITE é seu único trabalho como protagonista. E, é claro, fica evidente toda a relação do filme com sua trajetória de vida. Mesmo para o espectador do filme a interpretação que Dexter dá ao personagem, trejeitos, caras e bocas remetem, naturalmente, mesmo para os que não conhecem, a ele próprio. Ele chegou a ser indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro, por esse trabalho. A magnifica trilha sonora de POR VOLTA DA MEIA NOITE, composta por Herbie Hancock, foi premiada com o Oscar e não poderia ser diferente por tudo já escrevi lá no inicio da matéria. Hancock, aliás, também está no filme como ator, bem como Martin Scorsese, que aparece como o generoso e tagarela agenciador de Dale, em sua volta a Nova Iorque. Infelizmente, POR VOLTA DA MEIA NOITE, é um filme esquecido. Melancólico, terno e belo em sua profundidade, é um filme que dificilmente vai fazer parte da programação televisiva e raramente vai aparecer em mostras revisionistas, a não aquelas dedicadas exclusivamente ao jazz. No entanto, vale assisti-lo e se deixar envolver pela sua musica. Musica de uma era de grandes gênios que eram muito pouco valorizados e que, quase sempre, eram vencidos pelo vício e pela decadência.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019
OSCAR 2019: Apresentadores, Apresentações e Premiados
Local: Dolby Theatre® at Hollywood & Highland Center®
in Hollywood, Los AngelesData: Domingo, 24 de Fevereiro de 2019 Hora: 8:00 p.m(LA)/22:00(Brasil)
Diretor: Glenn Weiss
Produtores: Donna Gigliotti & Glenn Weiss
Direção Musical: Rickey Minor
Supervisor de Produção:Rob Paine
Desenho de Produção: David Korins
APRESENTAÇÕES ESPECIAIS(Na ordem em que ocorreram as apresentações):
#Abertura com o Queen, com Adam
Lambert, cantando “We will rock
you” e “We’re the Champions”.
#Um Clipe especial mostrou cenas com vários filmes
do ano. Maya
Rudolph, Tina Fey e Amy Pohler, fizeram a apresentação inicial.
#Tom Morello apresentou o filme indicado VICE
#Emilia Clarcke apresentou Jennifer
Hudson que cantou a música "I'll fight", do
documentário RBG.
#Serena Williams, apresentou
o filme indicado, NASCE UMA ESTRELA
#Queen Latifah, apresentou o
clip do filme indicado, A FAVORITA.
#Keagan-Michael Key,
apresentou Bette Midler que cantou "The Place Where Lost Things Go", do
filme O RETORNO DE MARY POPPINS
#Trevor Noah, apresentou o
filme indicado PANTERA NEGRA
#Laura Dern, falou sobre O Museu
do Cinema, que está sendo construído pela Academia de Hollywood.
#Kacey Musgraves,
apresentou Gillian Welch e David Rawlings cantando "When a Cowboy Trades His purs for
Wings", do filme A BALADA DE BUSTER
SCRUGGS
#Dana Carvey e Mike Meyers apresentaram o clip do filme indicado BOHEMIAN RHAPSODY
#Diego Luna e o Chef José Andrés,
apresentam o clip do filme indicado
ROMA
#Bradley Cooper e Lady Gaga,
cantaram a canção indicada “Shallow”,
do filme NASCE UMA ESTRÊLA.
#IN MEMORIAN- John Bailey, presidente da
Academia introduziu a homenagem ao membros da Industria que faleceram no
ano que passou. Gustavo Dudamel
e a LA
Philharmonic conduzem a parte
musical do quadro, com uma
composição de John Williams.
#Pequena montagem relembrou o The 10th Annual Governors Awards, apresentado
no Ray Dolby
Ballroom, de Los
Angeles, em 18 de Novembro de 2018, homenageando cinco talentosos membros da Industria
cinematográfica: o publicitário Marvin
Levy, a atriz Cecily Tyson,
o compositor Lalo Schifrin e
os produtores Kathleen Kennedy and Frank Marshall. E, também, o Scientific & Technical Awards, no
Beverly Wilshire Hotel,
no sabado, 09 de Fevereiro de 2019, apresentada David Oyelowo
#Barbra Streisand, apresentou
o clip do filme indicado INFILTRADO NA
KLAN.
#John Lewis e Amanda Stenberg, apresentam
o clip do ultimo filme indicado, GREEN
BOOK:O GUIA.
APRESENTADORES E PREMIADOS(Na ordem em que ocorreram as premiações):
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
|
Entregue por: Maya Rudolph, Tina Fey e Amy Pohler
|
Vencedor: Regina King(Se a Rua Beale Falasse/If Beale Street Could Talk
)
|
MELHOR DOCUMENTÁRIO
|
Entregue por: Jason Momoa e Helen Mirren
|
Vencedor: Free Solo(Elizabeth Chai Vasarhelyi, Jimmy Chin, Evan Hayes,
Shannon Dill)
|
MELHOR MAQUIAGEM & CABELOS
|
Entregue por: Elsie Fischer e Stephen James
|
Vencedor: Vice/Vice (Greg
Cannom, Kate Biscoe, Patricia DeHaney)
|
MELHOR FIGURINO
|
Entregue por: Melissa McCarthy e Brian Tyree Henry
|
Vencedor: Pantera Negra/Black Panther (Ruth
E. Carter)
|
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
|
Entregue por: Jennifer Lopez e Chris Evans
|
Vencedor: Pantera Negra/Black Panther (Hannah
Beachler, Jay Hart)
|
MELHOR FOTOGRAFIA
|
Entregue por: Tyler Perry
|
Vencedor: Roma/Roma(Alfonso Cuarón)
|
MELHOR EDIÇÃO SONORA
|
Entregue por: James MacAvoy e Danai Gurira
|
Vencedor: Bohemian Rhapsody/ Bohemian Rhapsody(John Warhurst, Nina Hartstone)
|
MELHOR MIXAGEM SONORA
|
Entregue por: James MacAvoy e Danai Gurira
|
Vencedor: Bohemian Rhapsody/Bohemian Rhapsody (Paul
Massey, Tim Cavagin, John Casali)
|
MELHOR FILME ESTRANGEIRO
|
Entregue por: Javier Bardem e Angela Basset
|
Vencedor: Roma/Roma(Mexico)
|
MELHOR MONTAGEM
|
Entregue por: Michael Keaton
|
Vencedor: Bohemian Rhapsody/Bohemian Rhapsody(John Ottman)
|
MELHOR ATOR COADJUVANTE
|
Entregue por: Daniel Craig e Charlize Theron
|
Vencedor: Mahershala Ali(Green Book: O Guia/Green Book)
|
MELHOR ANIMAÇÃO
|
Entregue por: Michelle Yeoh e Parrell Williams
|
Vencedor: Homem-Aranha no Aranhaverso/Spider-Man: Into the
Spider-Verse (Bob
Persichetti, Peter Ramsey, Rodney Rothman, Phil Lord, Christopher Miller)
|
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
|
Entregue por: Awkwafina e John Mulaney
|
Vencedor: Bao
(Domee Shi, Becky Neiman)
|
MELHOR DOCUMENTARIO CURTA METRAGEM
|
Entregue por: Awkwafina e John Mulaney
|
Vencedor: Period. End of Sentence/Absorvendo o Tabu(Rayka Zehtabchi, Melissa Berton)
|
MELHORES EFEITOS VISUAIS
|
Entregue por: Paul Rudd e Sarah Paulson
|
Vencedor: O Primeiro Homem/First Man (Paul Lambert, Ian Hunter,
Tristan Myles, J.D. Schwalm)
|
MELHOR CURTA METRAGEM
|
Entregue por: Kiki Layne e Krysten Ritter
|
Vencedor: Skin (Guy Nattiv, Jaime Ray Newman)
|
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
|
Entregue por: Brie Larson e Samuel L. Jackson
|
Vencedor: Green Book: O Guia/Green Book (Nick Vallelonga, Brian Hayes
Currie, Peter Farrelly)
|
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
|
Entregue por: Brie Larson e Samuel L. Jackson
|
Vencedor: Infiltrado na Klan/BlacKkKlansman (Charlie Wachtel, David
Rabinowitz, Kevin Willmott, Spike Lee)
|
MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
|
Entregue por: Tessa Thompson e Michael B. Jordan
|
Vencedor: Pantera Negra/Black Panther (Ludwig Göransson)
|
MELHOR CANÇÃO TEMA
|
Entregue por: Constance Wu e Chadwick Boseman
|
Vencedor Shallow(Nasce
uma Estrela/A Star Is Born)
Lady Gaga, Mark Ronson, Anthony Rossomando, Andrew Wyatt
|
MELHOR ATOR
|
Entregue por: Allison Janney e Gary Oldman
|
Vencedor: Rami Malek (Bohemian
Rhapsody/ Bohemian Rhapsody)
|
MELHOR ATRIZ
|
Entregue por: Frances McDormand e Sam Rockwell
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Vencedor: Olivia Colman(A Favorita/The Favourite)
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MELHOR DIREÇÃO
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Entregue por: Guillermo del Toro
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Vencedor: Alfonso Cuarón(Roma/Roma)
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MELHOR FILME DO ANO
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Entregue por: Julia Roberts
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Vencedor: Green Book: O Guia/Green Book(Jim Burke, Charles B. Wessler,
Brian Hayes Currie, Peter Farrelly, Nick Vallelonga)
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